quinta-feira, 13 de maio de 2010

"Ele morre"

- Eu não tô pronta. Eu não tô pronta pro fim disso.
- Sinto muito - E ele continuou - Quando o Rei Lear morre no quinto ato, sabe o que Shakespeare esceveu? Escreveu "Ele morre", só isso, mais nada. Sem fanfarra, sem metáfora, sem palavras finais brilhantes. O ponto culminante da obra mais influente da literatura dramática é "Ele morre". Precisa ser Shakespeare, um gênio, pra bolar isso. "Ele morre". Ainda assim toda vez que leio essas duas palavras eu me vejo nas voltas com um desassossego e eu sei que é natural ficar triste, mas não por causa das palavras "ele morre" mas por causa da vida que vimos antes dessas palavras. Eu vivi todos os meus cinco atos Mahone e não estou pedindo que você fique feliz por eu partir só estou pedindo que vire a página, continue lendo e deixe a próxima história começar e se alguém um dia perguntar que fim levei é só contar todas as maravilhas da minha vida e terminar com um simples e modesto "ele morreu".
- Eu te amo.
- Eu também te amo. Sua vida é uma oportunidade, aproveite-a!
(falas retiradas do filme: A loja mágica de brinquedos)


_Amei isso!

sábado, 8 de maio de 2010

Infelizmente

De tudo que que lhe acontecia, a única coisa que ela podia temer era a única afirmativa plausível do momento: estar certa. Toda aquela realidade diante dos olhos, as ações, trejeitos e atitudes. Poderia ser mentira ou verdade mas estava ali, por mais que digam que os fatos não falam por si, esses fatos falavam muito, atitudes falavam muito.Ela sabe que seu método intuitivo acerta em uma ou outra situação mas erra feio em outra . Ou outras. No fundo, no fundo posso dizer que esperava que estivesse errada sobre isso que me cerca, sufocando a forma livre de pensar, me privando da fluidez.
Mas decepcionada se estiver certa. Mesmo.
Dificil realidade.